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quarta-feira, 27 de maio de 2009

O calabouço da fama

Fábio Assunção, mais uma estrela global, em envolvimento com droga


“Parece cocaína, mas, é só tristeza. Talvez tua cidade muitos temores nasçam do cansaço e da solidão...”
A música de Renato Russo aborda um tema polemico que tem sido causa de grandes discussões na sociedade moderna, as drogas. O que leva um indivíduo a se tornar dependente químico?
Muitos associam o uso de drogas às pessoas de baixo poder aquisitivo, e pouco nível cultural. Isso não é verdade! A prova disso é a forte presença delas no meio artístico.
Os meios de comunicação tem sido um espelho aos telespectadores. Os seres humanos que estão atrás de modas, novidades visam muito à vida dos artistas e querem ser iguais a eles. Quando gostam de alguma celebridade que esteja fazendo sucesso no momento eles passam a vivenciar a vida desse astro, querendo seguir e praticar os mesmos atos que eles.
Como tudo na vida, tem seus bons e maus exemplos, no mundo da fama também não é diferente.
E infelizmente os artistas mais cobiçados no meio dos jovens não tem sido bons exemplos, e “sem querer” acabam iludindo a juventude e levando-os para o fundo do poço com eles.
Hoje as drogas conseguem invadir o mundo das celebridades, mas, afinal, qual a origem de tantos distúrbios na vida dos ricos e famosos?
Recentemente, o ator global Fábio Assunção foi obrigado a se afastar da novela “Negócio da China”. Em comunicado oficial da Rede Globo o ator dizia que estava se afastando por motivo de doença, sem muitos detalhes. No entanto, vários veículos de comunicação divulgaram que o real motivo do afastamento do ator era sua internação em uma clinica de reabilitação. Colegas que compartilhavam o ambiente de gravação disseram que, Fábio chegava atrasadas as gravações, não conseguia decorar os textos e tinha freqüentes crises de choro. O caso do ator trouxe a tona uma velha questão.O que leva alguém que tem fama, dinheiro e uma carreira consolidada, a fazer uso de substâncias químicas?
Para o psiquiatra inglês David Giles, autor do livro "Illusions of immortality: a psychology of fame and celebrity" (Ilusões de imortalidade: uma psicologia da fama e celebridade), existe primeiramente uma "lua de mel" com a notoriedade para, após um tempo, surgirem às primeiras dificuldades de lidar com ela. “Para muitas pessoas, a coisa mais estressante em relação à fama acontece quando há um desejo por um ambiente social normal, com privacidade, liberdade, um espaço particular e por aí vai”, afirma Giles, em entrevista para um site de notícias brasileiro.
Ao contrário do que se pensa a relação das celeridades com as drogas é muito antiga. A atriz Marylin Monroe já tinha problemas com as drogas em meados dos anos 50 e morreu de overdose em agosto de 1962. E uma lista imensurável de famosos conhecidos como: Judy Garland de “O mágico de OZ”, 1939. James Jean, Elizabeth Taylor e, mais recentemente, a cantora Britney Spears, Lindsay Lohan, Heath Ledger. Aqui no Brasil: Elis Regina, Cássia Eller, Maysa, Cazuza, Renato Russo, entre muitos outros.
Fábio não é o primeiro ator da Globo a se envolver neste tipo de escândalo. Em abril de 2004, o também ator Marcelo Anthony foi preso em Porto Alegre por porte de maconha. Na época, o ator foi liberado mediante o pagamento da fiança de R$400,00 e não comentou o assunto. Como de praxe na Rede Globo eles abafaram o caso.
O mundo das celebridades, no Brasil ou no exterior, é permissivo em relação às drogas. Seu consumo é considerado "recreativo", ou, nos casos mais estúpidos, "inspirador”. Não há punição severa.
As celebridades amam as câmeras em um primeiro momento, então, quando se acostumam com elas, desejam que desapareçam. Mas, a verdade é que elas não suportariam perder a fama. E as drogas servem como uma espécie de fuga da realidade.
Ao assistir, admirar ou julgar algum artista lembre-se que eles também são de carne e osso, e todos tem seus defeitos e virtudes. Tem que seguir a vida como achar melhor, sem visar nada ou alguém.


Ruhama Rocha

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